A professora de arte Giuliane Lipolis levou um trecho do filme Sonhos, de Akira Kurosawa para a sala de arte dela.
O trecho escolhido foi "Corvos" onde o personagem entra dentro das obras do pintor Vincent Van Gogh e encontra com o artista. O personagem segue Van Gogh e tenta um diálogo no meio da deslumbrante pintura. Van Gogh muda de local várias vezes pois está perseguindo a luz do sol que o "obriga" a ter pressa e a pintar e diz que não pode perder aquele instante da luz.
Com este estímulo, Giuliane conversa com seus alunos sobre as observações do pintor e propõe uma seção de pintura de paisagem com giz e cola, para criar massas de cor.
Inspirados em árvores floridas, do entorno da escola ou de memória, olha só o que eles produziram:
Giuliane Lipolis é arte educadora, artista plástica e arteira. Espera que seus alunos desenvolvam suas arteirices da melhor maneira possível, cheios de criatividade, ideias, alegria e amor.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Os fantoches da Vitória
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Vitória Silva Machado e seus bonecos de sucata na EPG Deucélia Adegas Pera |
Depois pedi para ela contar pra gente, neste vídeo:
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
O primeiro dia na Lua
Ajudei a Letícia a montar esta animação.
Uma menina sai da Terra em direção à Lua.
Chegando lá... acaba o oxigênio. Volta rapidinho...
Criação da Letícia, do 5o ano E - EPG Sítio do Pica Pau Amarelo
Uma menina sai da Terra em direção à Lua.
Chegando lá... acaba o oxigênio. Volta rapidinho...
Criação da Letícia, do 5o ano E - EPG Sítio do Pica Pau Amarelo
Menino marinheiro
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Menino vestido de marinheiro com rede para apanhar borboletas, 1938, Pablo Picasso |
A maioria das crianças com as quais trabalho tem pouco acesso a livros de arte ou à internet, para ver\pesquisar imagens de qualidade. A aula de arte é esperada durante a semana toda pelas crianças. São apenas 40 ou 50 minutos semanais com cada sala, de até 37 alunos.
Nesta aula eu queria mostrar algo próximo a elas. Este trabalho do Pablo Picasso é maravilhoso e dá para criar muitas aulas a partir dele. Para iniciar a leitura deste trabalho eu escolhi começarmos pela forma, mas indo diretamente para o desenho.
"Vamos desenhar juntos?" foi a pergunta, logo após situar brevemente artista e obra. Brevemente mesmo! "Pablo Picasso, um grande artista espanhol, que desenhava como criança. Quando fez este quadro (acima) tinha 57 anos! Não que não soubesse desenhar "certinho" ou mais fotograficamente falando. Ele encontrou outro jeito de fazer seus desenhos."
Então, passo a passo, traço a traço, enquanto eu desenhava no quadro eles acompanhavam no caderno. A medida que fazíamos uma parte, como um olho, por exemplo, eu questionava: qual forma geométrica se parece? E buscava levantar com a sala, outras características peculiares, relação com formas de letras ou números (a orelha por exemplo se parece com um oito). Imediatamente as crianças compreenderam e embarcaram como em um jogo.
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resultado do passo a passo no quadro: sem firulas |
A questão aqui foi desmistificar o traço. Orientar o olhar. Não havia importância se estava ou não igual ao do Picasso. O mais importante é despertar o olhar. E no passo a passo, coletivo, acredito ter alcançado este objetivo.
Alguns resultados desta aula:
A aula é um organismo vivo!
Em certa altura uma das crianças observou os braços do "menino marinheiro" e imitou: colocou os braços para dentro da camiseta e ressaltou: parecem braços curtinhos...
Tentei captar a empolgação da brincadeira:
:) até a próxima aula crianças! beijos!
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Gosto não gosto
Hoje vamos abrir um espaço diferente na aula: o que eu gosto, o que eu não gosto aqui na minha escola? Conversamos sobre como é pra chegar na escola, a entrada, as aulas, o lanche, a saída.
Fizemos uma grande tabela na lousa e por votação a maioria disse que o que mais gostam é da refeição e o que menos gostam é quando chove, pois fica cheio de barro e tudo sujo e é difícil andar.
Interessante saber o gosto da maioria enquanto alguns não gostam por exemplo do lanche, nem todos gostam.
Os desenhos mostram isso:
Fizemos uma grande tabela na lousa e por votação a maioria disse que o que mais gostam é da refeição e o que menos gostam é quando chove, pois fica cheio de barro e tudo sujo e é difícil andar.
Interessante saber o gosto da maioria enquanto alguns não gostam por exemplo do lanche, nem todos gostam.
Os desenhos mostram isso:
Podemos imaginar uma situação diferente?
É possível mudar nossa realidade? Como?
Do que depende nossa felicidade?
Dessa forma iniciei uma reflexão que passou a ser necessária e que leva a outras tantas perguntas, algumas respostas são pessoais e outras coletivas.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Desenhos expontâneos
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Desenhista e a "máquina de copiar desenho"
Quase todo dia ouço reclamações na sala de aula do tipo "professora ele tá copiando meu desenho..." Então pra não ficar só apartando com conselhos "olha é bem difícil (pra não dizer quase impossível) copiar um desenho"... resolvi fazer este exercício.
Pode ser feito em duplas ou trios. Um será o "desenhista", que deverá desenhar lentamente um desenho grande, com poucos detalhes. O outro será a "máquina de copiar desenho" que deverá ser o máximo possível fiel ao original e executar ao mesmo tempo. A "máquina" não inventa nada, só copia. Quem for a "máquina" tem que prestar atenção onde que o "desenhista" vai começar o desenho, que lugar do papel (em cima, em baixo, no meio, mais à direita, etc). Depois trocam-se os papeis, quem foi desenhista será máquina e vice-versa.
Chamei um dos alunos pra desenhar na lousa, como exemplo da "brincadeira". Eu fui sua máquina de copiar.
Antes de começarmos, fizemos observações e comparações.
Este exercício desenvolve bastante a capacidade de observação e há uma grande troca de soluções de desenho e composição, além de contribuir para o trabalho em equipe.
Feito o desafio olhem os resultados:
Pode ser feito em duplas ou trios. Um será o "desenhista", que deverá desenhar lentamente um desenho grande, com poucos detalhes. O outro será a "máquina de copiar desenho" que deverá ser o máximo possível fiel ao original e executar ao mesmo tempo. A "máquina" não inventa nada, só copia. Quem for a "máquina" tem que prestar atenção onde que o "desenhista" vai começar o desenho, que lugar do papel (em cima, em baixo, no meio, mais à direita, etc). Depois trocam-se os papeis, quem foi desenhista será máquina e vice-versa.
Chamei um dos alunos pra desenhar na lousa, como exemplo da "brincadeira". Eu fui sua máquina de copiar.
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Desenho do meu aluno |
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que eu copie ao mesmo tempo |
Antes de começarmos, fizemos observações e comparações.
Este exercício desenvolve bastante a capacidade de observação e há uma grande troca de soluções de desenho e composição, além de contribuir para o trabalho em equipe.
Feito o desafio olhem os resultados:
Eu amei e vocês?
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Peça para máquina de tração imaginária
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A Máquina de Sorvete - Mikael |
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A Pensadora - Gabriel |
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Máquina de Criação - Jakeline |
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Máquina de Emoção - Jamily |
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Máquina de Som de Músicas - Joyce |
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Máquina de Água Natural - Kaique |
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Imagitrom - Rebeca todos os desenhos são dos alunos do EPG Sítio do Pica Pau Amarelo em Guarulhos |
A partir da leitura de imagem da obra "peça para máquina de tração imaginária" de José Damasceno, que está na 30 x Bienal em São Paulo, pedi aos meus alunos do 5o ano que imaginassem a máquina de onde esta "peça" faria parte e a desenhassem, incluindo-a. Fiquei surpresa com o resultado. Inclusive foi a primeira vez que eu nem precisei sugerir que pintassem... Maravilha! Parabéns crianças, que tal fazer esta obra sair do papel? Vamos lá 5o ano?
beijos e até a próxima!
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Pintura livre sobre papel kraft
Que tal uma pintura livre, sem se preocupar com tema, só juntar pinceis, tinta guache e uma grande folha de papel kraft? Mas com um pequeno desafio: em duplas.
Foi o que propus às crianças em uma das minhas aulas. Quando proponho duplas para crianças pequenas é sempre assim: há uma disputa por espaço, por quantidade de material... por qualquer coisa!
Mas neste caso foi diferente, talvez pelo tamanho do papel ou pelo tamanho do entusiasmo deles! Só sei que a maioria das duplas optaram por uma pintura integrada, como vemos nos três primeiros exemplos. Alguns permaneceram com o trabalho individual, como na pintura abaixo.
O que eu achei mais interessante foi que as interações se deram de maneira natural, pois eu não disse se deveriam "fazer uma única pintura integrada" ou "dividam a folha ao meio". Somente disse que as pinturas seriam feitas em duplas e que eles mesmos escolheriam com quem ficariam.
De saída, este tipo de trabalho me ajuda a perceber melhor a turma e elaborar outras atividades coletivas. As crianças adoram pintura, até aquele aluno que não queria pintar (disse que não gosta e tal) acabou pintando.
Legal né?
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